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Final melancólico de Collor e Almeida

Políticos não aprenderam nada nem esqueceram

Por Roberto vilanova 21/10/2024
Final melancólico de Collor e Almeida
Fernando Collor e Cicero Almeida (Foto: Divulgação)

Dois dos políticos alagoanos com sucesso meteórico, Fernando Collor e Cícero Almeida amargam agora o ostracismo sem direito a contestar o resultado humilhante das urnas.
Collor disputou a eleição para prefeito de Maceió e foi derrotado por dois fedelhos políticos, sem direito sequer a ir para o segundo turno. Pior, na eleição municipal este ano viu o sobrinho, que tem o seu nome e explorou isso na campanha, amargar a humilhante derrota obtendo pouco mais de 500 votos.
Collor nunca mais será candidato – ele está condenado judicialmente -, e se beneficia da idade, com mais de 75 anos, para cumprir a pena em liberdade. Ele apostou na política do "eu sozinho", repetindo erros primários, e agora amarga a solidão política com uma rejeição impressionante.
Para consolo, resta-lhe a companhia, ainda que à distância, de Cícero Almeida, outro que não aprendeu nada, nem esqueceu nada, ainda que igualmente amargurando a derrota humilhante nas urnas. Restam-lhes a lição – e, caso não lhes sirva, que sirva a outros -, e dobrem o erro de quem repete a mentira sobre Maquiavel, que nunca disse que “o fim justifica os meios”.
Se justificasse, Collor e Almeida não estariam amargurando as derrotas tão humilhantes.