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Em 5 anos, Pix já movimentou 6 vezes o PIB do Brasil

Desde que foi implementado em novembro de 2020, mais de R$ 75,4 trilhões foram transferidos por meio do mecanismo de pagamento

Por CNN Brasil 16/11/2025
Em 5 anos, Pix já movimentou 6 vezes o PIB do Brasil
Pix ganha impulso em locais visitados por brasileiros no exterior (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

O Pix completa cinco anos neste domingo (16), consolidado como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Nesta meia década de existência, a plataforma do BC (Banco Central) já movimentou R$ 75,4 trilhões — o equivalente a 6,4 vezes o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, que somou R$ 11,7 trilhões em 2024.

Em cinco anos, o mecanismo instantâneo de pagamentos contabilizou cerca de 181,6 bilhões de operações, de acordo com dados do BC (Banco Central) compilados pelo CNN Money.

O montante movimentado até 13 de novembro de 2025 já supera todo o volume de recursos transferidos pela ferramenta registrado ao longo de 2024.

Veja trajetória de movimentação:

2020: R$ 133,1 bilhões;

2021: R$ 4,5 trilhões;

2022: R$ 9,5 trilhões;

2023: R$ 14,5 trilhões;

2024: R$ 22,1 trilhões;

2025 (até 13 de novembro): R$ 25,1 trilhões.

Veja o histórico das operações:

2020: 154 milhões de operações;

2021: 7,98 bilhões de operações;

2022: 20,35 bilhões de operações;

2023: 36,2 bilhões de operações;

2024: 56,3 bilhões de operações;

2025 (até 13 de novembro): 60,64 bilhões de operações.

Pix parcelado

Entre as atualizações que vêm sendo estudadas pelo Banco Central, está o Pix Parcelado. A expectativa inicial era de que uma regulação sobre o mecanismo fosse publicada em outubro, mas isso não aconteceu.

De acordo com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o atraso do Pix Parcelado merece “ponderação”.

“Vale uma ponderação. As pesquisas têm mostrado que mais da metade da população já usa o Pix parcelado. [...] A gente está em uma fase preliminar do Pix parcelado e mais da metade da população já está usando ele”, disse Galípolo a jornalistas na última quarta-feira (12).

A autoridade monetária informou que a regulação deve conter a definição do produto, de forma padronizada, visando melhorar a experiência dos usuários. As soluções privadas de oferta de crédito ou diferimento de pagamento vinculadas à realização de um Pix que já vem sendo utilizadas poderão continuar a ser ofertadas, desde que não afrontem a regulação.

Depois que a resolução for publicada, o Banco Central divulgará um detalhamento dos procedimentos operacionais e a padronização da experiência do usuário, tanto na contratação da operação de crédito associada à transação de pagamento quanto no pagamento das parcelas da operação.

A previsão inicial era de que o detalhamento fosse publicado no início de dezembro. Após a publicação, haverá um prazo para que as instituições financeiras e de pagamento possam se adequar às regras estabelecidas pelo BC.