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Irmã de Juliana Marins aguarda o retorno do pai no Galeão; corpo ainda não chegou e família cobra nova autópsia
Após morte em trilha na Indonésia, parentes questionam falhas no resgate e organizam homenagem em Niterói enquanto lidam com a dor e a burocracia

Sozinha no portão de desembarque do Aeroporto Internacional do Rio, Mariana Marins aguarda a chegada do seu pai, Manoel Marins, que retorna da Indonésia trazendo os pertences da irmã, Juliana Marins que morreu após cair em um precipício quando fazia a trilha até o alto do vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia, na semana passada. Após voo frustrado nesta segunda-feira, a expectativa da família é de receber o corpo da jovem nos próximos dias e realizar uma nova autópsia.
— Ele não está trazendo a Juliana, mas traz parte dela, porque está trazendo o que viveu lá, alguns de seus pertences também. Então será um momento de muita comoção — diz Mariana Marins.
Mariana afirma anda que a família não queria adiar por mais tempo a despedida de Juliana Marins; no entanto, as desconfianças geradas pela negligência no resgate levaram os parentes a exigirem nova autópsia, com o intuito de compreender o que aconteceu com a publicitária.
— A gente não tem certeza de muita coisa, porque foram muitos descasos. Não queríamos dar mais esse passo, mas infelizmente entendemos ser necessário para sabermos o que realmente aconteceu com a Juliana — afirma Mariana.
Segundo Manoel Marins, pai da turista brasileira, a Juliana só chegará na quarta-feira, por conta de um problema operacional. Inicialmente, o corpo de Juliana iria no mesmo voo no qual ele voou e chegou na tarde desta segunda-feira. Uma demora que aumenta o nervosismo da família neste momento.
— Fomos informados de que ela pegaria um voo que já saiu, em direção a Dubai. Depois, ficaria 27 horas em escala, mas não tivemos a confirmação do embarque dela. Isso gera uma agonia extra, mas vamos ter fé de que dará tudo certo — completa.
A família espera pela chegada do corpo e da autorização de uma nova autópsia. Enquanto isso, parentes e amigos organizam uma homenagem.
— Com certeza terá uma homenagem. Ainda não sabemos qual e quando, porque junto do luto estamos resolvendo burocracias, mas vai haver. No momento, agradecemos à Prefeitura de Niterói pela homenagem da Trilha da Pedra do Sossego, porque era um lugar especial para ela — compartilha a irmã.