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Cinco militares acusados de matar servente de pedreiro vão a júri popular nesta quarta (13)
Os cinco policiais militares acusados de matar o servente de pedreiro Jonas Seixas da Silva vão a júri popular, nesta quarta-feira (13). O julgamento acontece no Fórum do Barro Duro, em Maceió.
O inquérito policial apontou que Jonas foi abordado pelos militares Fabiano Pituba, Felipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima, na Grota do Cigano, no bairro Jacintinho, no dia 9 de outubro, e nunca foi localizado.
No dia do desaparecimento, os policiais realizavam uma ação de busca de drogas e teriam entrado na casa de Jonas sem mandado de prisão ou busca. No local, nada de ilícito foi encontrado e apenas a esposa de Jonas estava. Ao saírem da casa, os militares localizaram Jonas, que foi colocado na viatura.
Testemunhas relataram que Jonas gritava dentro da viatura, pedindo por socorro. Ele teria sido colocado no veículo sob agressões e spray de pimenta.
Em seguida, os policiais teriam levado Jonas para uma região de mata, em Jacarecica, onde ele foi ameaçado e violentado. A vítima foi assassinada para encobrir o crime de tortura e o cadáver ocultado, segundo a denúncia.
O advogado que representa a família de Jonas, Arthur Lira, afirmou que espera a condenação pelos crimes de sequestro qualificado, tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
“Há áudios em que é perceptível a voz do Jonas ao fundo gritando, sinais de sofrimento de tortura pela sua voz, há situações controversas nas colocações policiais, há situações em que, curiosamente, o GPS dos rádios das polícias é desligado", disse ele.