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Bolsonaro veio a Alagoas em busca de “milagre”, na aprazível São Miguel dos Milagres
Sob o pretexto de que tinha vindo “descansar” na aprazível São Miguel dos Milagres, como hospede do Gilson sanfoneiro, seu ex-assessor quando foi presidente, Bolsonaro na verdade visitou o famoso balneário alagoano em busca de um “milagre”.
Mas, trata-se de “milagre” impossível, poque não depende do deputado Arthur Lira, com quem manteve contato, nem do Congresso Nacional. A proposta de anistia para os golpistas do 8 de janeiro, caso aprovada, será considerada inconstitucional porque a Câmara, nem o Senado, é corte revisora das decisões do Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro sabe disso, mas insiste na anistia para provocar confusão e desviar os focos dos crimes que cometeu enquanto esteve na presidência.
Ao retornar da viagem, Bolsonaro foi informado de que seu nome é citado mais de 300 vezes no inquérito da Polícia Federal, que tem 880 páginas, como mentor da tentativa de golpe de estado e articulador do plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
O ex-presidente entrou em desespero e mandou sua assessoria convocar a imprensa para uma entrevista coletiva ainda no aeroporto, quando voltou a mentira e se enrolar na argumentação sobre as urnas eletrônicas – que são comprovadamente seguras.
Resumo da Ópera Bufa do Bolsonaro: a natureza realmente protagonizou milagres em São Miguel, considerada uma das praias mais belas do mundo. Mas, é impossível que possa livrar golpistas e criminosos das garras pesadas, e justas, da lei.