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Desesperado, Bolsonaro apela a Lula e tenta se aproximar do senador Renan Calheiros
A inesperada visita que o Bolsonaro fez ao Senado, para se encontrar com o senador Davi Alcolumbre, surpreendeu pelo semblante de um homem amedrontado. Alcolumbre deve ser o próximo presidente do Senado e ouviu de Bolsonaro o pedido para anistiá-lo.
Claro, a anistia não depende do futuro presidente do Senado, e nem mesmo da aprovação do Congresso Nacional, porque, caso isso ocorra, fatalmente caberá ao Supremo Tribunal Federal – que, com certeza, será provocado -, decidir pela constitucionalidade – e, sabe-se a priori, que a anistia é inconstitucional.
Os crimes cometidos por Bolsonaro enquadram-se na legislação eleitoral, e esses já foram julgados com a condenação do ex-presidente, e na justiça comum, que ainda não concluiu o processo. Bolsonaro teme ser preso e esse temor se agravou com a apreensão do seu passaporte, e a consequente negativa do Supremo Tribunal Federal ao pedido de devolução a pretexto de uma viagem marcada para os Estados Unidos.
Cabe lembrar que em pleno Carnaval passado, Bolsonaro se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria, a pretexto de discutir a “conjuntura política internacional”, levando para isso colchão, lençol, e material de higiene pessoal. Diz-se que surgiu o boato de que seria decretada sua prisão, aproveitando-se o feriadão do tríduo momesco.
Na agenda de Bolsonaro com Alcolumbre, o nome do senador Renan Calheiros foi citado, segundo comentários que se seguiram, porque o ex-presidente vê as digitais do senador alagoano impedindo a anistia que ele almeja. Surpreendendo a todos, e sem se incomodar com a repercussão negativa, Bolsonaro chegou a apelar para o presidente Lula conceder anistia aos presos do 8 de janeiro – na verdade, a anistia é para ele, Bolsonaro.
Mas, quem estaria habilitado a fazer a ponte entre Bolsonaro e o senador Renan Calheiros?
Eis a questão.