Brasil aumenta reservas de ouro em 33% após 4 anos sem aquisições
O Banco Central do Brasil adquiriu 42,8 toneladas de ouro de setembro a novembro de 2025, elevando suas reservas do metal precioso de 129,6 para 172,4 toneladas, um crescimento de 33% no volume físico. A aquisição é feita depois de um intervalo de 4 anos sem novas compras de ouro pela instituição, desde 2021.
Em termos monetários, o valor das reservas em ouro praticamente dobrou em 2025, impulsionado pelas novas aquisições e pela valorização do metal no mercado internacional. O montante passou de US$ 11,7 bilhões em janeiro para US$ 23,3 bilhões em novembro, um aumento de 99,15%. No período de janeiro a dezembro de 2025, o ouro acumulou alta de 65,2%. Nos últimos 3 anos, o valor do ouro mais que dobrou.
A decisão de reduzir a dependência do dólar levou o Banco Central a ampliar as reservas em ouro em um contexto de incerteza global e de forte valorização do metal, utilizado como instrumento de diversificação.
Apesar de a moeda norte-americana continuar sendo o principal ativo das reservas internacionais do país, sua participação caiu de 86,77% em 2019 para 78,45% em 2024. A participação do ouro nas reservas é de aproximadamente 6,5% em 2025.
Reservas internacionais do Brasil
Em novembro, o volume financeiro total das reservas internacionais brasileiras somou US$ 360,6 bilhões, um aumento de US$ 32,3 bilhões em relação ao início de 2025. Além do ouro, as reservas são compostas principalmente por títulos e depósitos em moedas como dólar, euro, libra esterlina, iene, dólar canadense e dólar australiano, além de direitos especiais de saque junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional), depósitos no BIS (Banco de Compensações Internacionais) e outros ativos.