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Associação muda técnicas de desengasgo em bebês, crianças e adultos

Nova diretriz da American Heart Association altera protocolo de desengasgo e inclui pancadas nas costas antes da manobra de Heimlich.

Por Narciso Barone 31/10/2025
Associação muda técnicas de desengasgo em bebês, crianças e adultos
Associação muda técnicas de desengasgo em bebês, crianças e adultos (Foto: PM Goiás)

A American Heart Association (AHA) atualizou em outubro suas diretrizes de primeiros socorros, reanimação cardiopulmonar (RCP) e emergências cardiovasculares. A principal mudança envolve o protocolo para engasgo com obstrução das vias aéreas em bebês, crianças e adultos conscientes.

Até então, o procedimento começava com a manobra de Heimlich. Agora, a orientação é iniciar com pancadas nas costas antes das compressões abdominais ou torácicas.

Como agir com bebês menores de 1 ano


Para bebês, o novo protocolo determina que o socorrista deve alternar cinco pancadas nas costas e cinco compressões no peito, com o objetivo de liberar o corpo estranho.

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Sinais de alerta para identificar engasgo em bebês incluem:

- dificuldade para respirar
- incapacidade de chorar ou tossir
- mudança de cor
- corpo mole


Com a confirmação, o bebê deve ser colocado de bruços sobre o antebraço, com a cabeça mais baixa, e receber cinco pancadas entre as escápulas. Depois, é preciso virá-lo de barriga para cima e aplicar cinco compressões no centro do peito.

A AHA alerta para não colocar os dedos na boca do bebê caso o objeto não esteja visível. Se ele perder a consciência, deve-se iniciar a RCP com 30 compressões e duas ventilações.

Protocolo para crianças maiores e adultos

Para crianças acima de um ano e adultos, o procedimento começa com a verificação da obstrução: ausência de tosse, som ou respiração.

Em seguida:

- Posicionar-se atrás da vítima
- Inclinar o tronco da pessoa para frente
- Aplicar cinco pancadas firmes nas costas
- Caso o objeto não saia, realizar cinco compressões abdominais (Heimlich), alternando as técnicas

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Se a vítima desmaiar, deve ser colocada no chão e devem ser iniciadas compressões torácicas no ritmo de 100 a 120 por minuto.

Especialistas reforçam importância do treinamento


A entidade reforça que a população deve buscar treinamento em RCP para situações de emergência.

“A RCP de alta qualidade salva vidas (...) Incentivamos todos a fazerem um curso de RCP”
, afirmou Ashish Panchal, presidente voluntário do Comitê Científico de Cuidados Cardiovasculares de Emergência da AHA.

As novas recomendações serão publicadas nos periódicos Circulation (AHA) e Pediatrics (American Academy of Pediatrics).

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