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Entenda por que o horário de verão não deve ser retomado pelo governo neste ano

Medida perdeu efetividade com a mudança de hábitos de consumo de energia da população brasileira

Por Agência O Globo - 07/10/2025
Entenda por que o horário de verão não deve ser retomado pelo governo neste ano
Horário de verão (Foto: Dino/G1)

Suspenso desde 2019, o não deve ser retomado pelo governo federal neste ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), é improvável que isso aconteça diante de condições favoráveis do volume de reservatórios. No entanto, a pasta reitera que a volta da medida está em constante avaliação pelas autoridades do sistema elétrico.

A volta do horário de verão foi ventilada pelo ministro de Minas e Energia, , em algumas ocasiões neste ano. Silveira dizia “torcer” para que não fosse necessário adotar o adiantamento dos relógios novamente, mas que a medida não estava descartada.

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Em nota, a pasta alega que o tema é “permanentemente” avaliado, mas reiterou que as condições apresentadas atualmente devem garantir a segurança energética do país até o ano que vem.

“As condições dos reservatórios são favoráveis, evoluindo dentro da normalidade ao longo do período seco, deixando o Sistema Interligado Nacional (SIN) em situação melhor que no ano passado. Estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia”, diz a nota.

As informações foram apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em setembro.

Apesar de destacar que a medida ainda pode ser reavaliada, a decisão final sobre a volta do horário de verão costuma ocorrer entre agosto e setembro, e a tendência é que a escolha seja mantida, caso não haja uma queda significativa no nível de chuvas até o final do ano.

Horário de pico à tarde

Suspenso desde 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o horário de verão foi criado para reduzir o consumo de energia elétrica, aproveitando melhor a luz natural ao adiantar os relógios em uma hora.

No entanto, a efetividade da medida vinha perdendo força nos últimos anos de vigência, diante de uma mudança nos hábitos de consumo da população.

O pico de consumo de energia, que antes acontecia no início da noite, passou a ocorrer ao final da tarde com o uso crescente de ar-condicionados e outros aparelhos de refrigeração. Com isso, a economia de energia com mais uma hora de luz natural perdeu seus benefícios.

Silveira reiterou durante este ano que a medida só seria retomada diante de necessidade urgente, como escassez de energia em períodos de seca. Atualmente, o governo avalia que não há esse risco.