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Produção pecuária de Alagoas avança 9,2% e movimenta R$ 1,8 bilhão, diz IBGE

Por Agência Alagoas 18/09/2025
Produção pecuária de Alagoas avança 9,2% e movimenta R$ 1,8 bilhão, diz IBGE
Carro-chefe da produção do estado, o leite foi responsável por 75% de todo o valor arrecadado no ano passado (Foto: Ailton Cruz / Thiago Sampaio / Arquivo Agência Alagoas)

A produção pecuária de Alagoas registrou crescimento de 9,2% no ano passado, na comparação com 2023, e movimentou R$ 1,8 bilhão, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal divulgada nesta quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O leite foi responsável por 75% de todo o valor arrecadado em 2024, com R$ 1,3 bilhão. 

Segundo o IBGE, a produção de leite se manteve estável no ano passado, com cerca de 597 milhões de litros, o que representa uma variação positiva de 0,08% em relação a 2023. O volume é o 5º maior do Nordeste, atrás de Pernambuco, que atingiu 1,4 bilhão de litros, Bahia (1,27 bilhão), Ceará (1,20 bi) e Sergipe (678,5 milhões).


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A pesquisa mostra ainda que a produção de leite em Alagoas no ano passado foi puxada pelo município de Major Isidoro, com 43,9 milhões de litros, seguido de Palmeira dos Índios (28,2 milhões), Batalha (26,3 milhões), Minador do Negrão (20,6 milhões) e Cacimbinhas (18,5 milhões).

 

A secretária de Estado da Agricultura e Pecuária, Aline Rodrigues, acredita que o avanço registrado em Alagoas é resultado de um esforço conjunto entre o setor produtivo e o poder público, e de ações como a certificação internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação.

 

Além disso, ela aponta que o estado investiu mais de R$ 45 milhões na aquisição de mais de 12 milhões de litros de leite de vaca e de cabra, pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - modalidade Leite, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Do total, o aporte financeiro do poder público estadual foi de R$ 25 milhões, possibilitando a manutenção do programa durante todo o ano, sem intervalos.

 

“A atuação do governo Paulo Dantas tem contribuído significativamente para o avanço da agropecuária alagoana. Conquistamos um marco com o novo status sanitário e continuamos investindo na cadeia produtiva local, seja na aquisição de leite de pequenos produtores com o PAA Leite e o Leite do Coração, como no fortalecimento da nossa Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária, a Adeal”, ressaltou Aline Rodrigues.

 

“Também firmamos um acordo de cooperação técnica recente com a Embrapa Gado de Leite, que vai nos permitir trazer para o estado uma tecnologia que vai impactar de forma positiva os produtores familiares assistidos pela Emater Alagoas”, concluiu

 

Ovos

 

Além do leite, Alagoas também produziu 31,5 milhões de dúzias de ovos de galinha, 2,6 milhões de dúzias de ovos de codorna e mais de 538 mil quilos de mel de abelha.

 

O valor da produção de ovos de galinha, outra atividade de grande rentabilidade no setor agropecuário alagoano, superou R$ 178 milhões em 2024.

 

Segundo o IBGE, a produção foi puxada pelo município de Arapiraca, com 13,4 milhões de dúzias. Em seguida aparecem União dos Palmares (5,2 milhões de dúzias), São Sebastião (4,6 milhões) e Penedo (604 mil).

 


Aquicultura

 

A pesquisa revela ainda que o valor de produção da aquicultura alagoana cresceu 38%, passando de R$ 182,5 milhões em 2023 para R$ 251,9 milhões em 2024. O montante foi puxado pela criação de tilápia, que alcançou R$ 134,6 milhões, um crescimento de 46,9% ante o ano anterior. O volume representa 53,5% do valor total da aquicultura no estado. Segundo o IBGE, as nove mil toneladas de tilápia produzidas colocam Alagoas como o terceiro maior do Nordeste, atrás apenas de Pernambuco (31,7 mil toneladas) e Ceará (14,5 mil toneladas).


 

O município de Piranhas responde por mais de 33% de toda a criação de tilápia, com três mil toneladas produzidas. Na sequência aparecem Coruripe (1 mil toneladas) e União dos Palmares (900 mil quilos).