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Preta Gil sonhava e cobrava 'blocódromo', um novo circuito para os mega blocos de carnaval: 'Seguro e confortável para todos'
Após a morte da artista, Prefeitura do Rio decretou um circuito e batizou com o nome da cantora

Foram 15 anos de Bloco da Preta arrastando multidões pelas ruas do Rio de Janeiro no carnaval. Agora, o trajeto foi batizado com o nome decomo forma de homenageá-la e reafirmar a importância que a artista teve para a consolidação do circuito. O decreto foi assinado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, na última segunda-feira, dia 21.
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"O trajeto do Circuito Preta Gil será o seguinte: 1 - concentração na Rua Primeiro de Março, no trecho entre a Rua do Rosário e a Rua do Ouvidor; 2 - percurso do desfile: Rua Primeiro de Março e Av. Presidente Antônio Carlos; 3 - finalização do percurso: Av. Presidente Antônio Carlos, na altura da Rua Araújo Porto Alegre", diz o decreto nº 56446.
A formalização do circuito traz cobranças para a Riotur, assim como para a Secretaria municipal de cultura, além da Companhia de engenharia de tráfego, a Guarda municipal do Rio e demais órgãos envolvidos para regulamentar e organizar as atividades no período.
Preta Gil tinha um sonho antigo de ter um espaço reservado para os mega blocos. E já tinha feito cobranças ao poder público por um espaço que trouxesse mais conforto e segurança para todos os envolvidos. Ela sabia que a cidade, que já tem um sambódromo, por exemplo, tinha capacidade para atender esta outra demanda.
— Uma das minhas grandes alegrias foi que, durante esses 15 anos de Bloco, a gente pode proporcionar um carnaval de qualidade para o público. A gente evoluiu muito desde o primeiro ano que subi numa latinha do patrocinador. E fico orgulhosa de tantos artistas fazendo o circuito também. Eu já dei essa ideia há alguns anos para termos um percurso específico para os mega blocos. Se o Rio de Janeiro tem sambódromo, pode ter também o blocódromo. Não foi muito para frente, o poder público precisa me ouvir, mas eu insisto para ser uma maneira mais segura e confortável para todos — disse Preta, ao EXTRA, em 2024, quando já por recomendação médica precisou adaptar a folia e só pode desfilar com o bloco em uma festa fechada.
Na época, a cantora achava que o câncer no intestino estava em remissão, após uma primeira fase de tratamento..
— Fui impedida pelos médicos de ter bloco na rua, por razões óbvias, e acatei totalmente. Sou uma paciente obediente. Mas não poderia deixar de celebrar. E algo que aprendi com a doença é que a gente tem que viver as oportunidades da maneira que a gente puder, não o que a gente idealiza. Isso me fez ficar mais presente no aqui, agora.