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Veja o ranking do Mapa do Crime com os bairros do Rio em que há mais roubos de celular, de veículos, a pedestres e em coletivos

O revela quais bairros concentram os maiores números de roubos — seja a pedestres, de celulares, em transportes públicos ou de veículos, em um levantamento exclusivo do GLOBO com base em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ). Veja o ranking dos bairros que concentram esses delitos e também as regiões onde os roubos mais cresceram em 2024.
O gatilho da violência:
Vinícius Drumond:
Roubo a pedestre
Onde houve mais roubos a pedestres?
No quesito roubos a pedestres, o do Rio é disparado o bairro com mais casos: foram 1.938. Por mais que seja frequentado diariamente por milhares de pessoas que trabalham ou circulam por seus centros comerciais e empresariais, o número oficial de moradores do Centro — cerca de 23,6 mil — permite dimensionar o impacto da violência na região. Em 2024, considerando apenas os roubos a pedestres, houve um caso para cada 12 moradores, uma das taxas mais altas da cidade.
Em segundo e terceiro lugar, aparecem , na Zona Oeste, com 718 casos; e , na Zona Sul, com 653.
Onde esse crime mais aumentou?
O maior salto percentual nos assaltos a pedestres entre 2023 e 2024 ocorreu em , na Zona Sul, onde o número de casos quase triplicou — passou de 50 para 141, um aumento de 182%. Em seguida aparecem , na Zona Oeste, com crescimento de mais do que o dobro (de 24 para 59), e a , também na Zona Sul, que mais que dobrou os registros, saltando de 29 para 69 ocorrências.
Roubo de celular
Onde houve mais roubos a celular?
Em roubos de celular, o Centro do Rio também ocupa o topo do ranking, com 1.622 casos no ano passado e, mais uma vez, se consolida em primeiro lugar, com uma taxa que equivale a um roubo de celular para cada 15 moradores. e , os dois na Zona Norte do Rio, vêm logo atrás, com 581 e 455 casos, respectivamente.
Onde esse crime mais aumentou?
Acari
Jardim Sulacap
Tomás Coelho
Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?
Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — refere-se à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens.
Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.
Roubo em coletivos
Onde houve mais roubos em coletivos?
Nos transportes públicos da cidade, os coletivos são palcos constante de violência. A , na Zona Norte, lidera o ranking com 419 roubos no ano passado, seguida por (258) e Centro (233).
Execuções, desaparecimentos, terreiros de Umbanda proibidos:
Onde esse crime mais aumentou?
Três bairros da Zona Norte concentraram os maiores aumentos de roubos em coletivos no Rio. Em , passaram de 14 para 64 casos, quase cinco vezes mais do que no ano anterior, em 2023. Em segundo e terceiro lugar, os roubos em transportes públicos mais do que triplicou nos bairros do Maracanã, de (35 para 122), e Pavuna(de 122 para 419).
Roubo de veículos
Onde teve mais roubo?
Já nos roubos de veículos, o bairro de aparece com o maior número absoluto, somando 766 casos em 2024. Pavuna e também estão entre os mais afetados, com 637 e 491 veículos roubados, respectivamente.
Onde o crime mais aumentou?
Entre os bairros do Rio onde o roubo de veículos mais aumentou em 2024, o , no Centro, lidera com folga: o número de casos mais que triplicou, saltando de 27 para 95 — uma alta de 252%. Em seguida, aparece o Maracanã, na Zona Norte, onde os registros mais que triplicaram também, subindo de 61 para 199. Já em , o avanço foi quase tão expressivo: os casos quase triplicaram, crescendo de 113 para 297.
Entenda o que é o Mapa do Crime
Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Quais é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.
A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.