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Evento gratuito atrai pessoas de todas as idades para a Praça Mauá
Sob céu azul e brisa do mar, público crescente aguarda início do espetáculo do Projeto Aquarius

Enquanto o samba começava a ressoar, ainda baixinho, pelas caixas de som do Projeto Aquarius, no início da tarde deste sábado, na Praça Mauá, o público já formava uma fila para assistir gratuitamente aos espetáculos. Idosos assistiam aos grandes artistas da música brasileira sentados em frente ao palco, em assentos reservados para a terceira idade. É o caso da aposentada Maria Lúcia dos Santos, de 73 anos, que trouxe o neto Cauê Matheus diretamente de São Paulo para curtir a música da Orquestra Sinfônica Brasileira e de músicos populares. Maria frequenta o Projeto Aquarius desde os anos 1980, na companhia dos filhos. Agora, foi a vez de trazer o neto, que é músico.
Bicheiro:
Entenda:
—Quero muito assistir ao show do Martinho da Vila, mas faço questão mesmo de ouvir a orquestra. Toco saxofone em orquestra, e vai ser ótimo acompanhar uma apresentação assim ao vivo — conta o rapaz de somente 17 anos, com forte sotaque do interior de São Paulo.
Rosane Anjos também está inserida no mundo da música. A bancária de 64 anos é cantora de coral, e acompanha a irmã Rosangela, que decidiu ir ao Projeto Aquarius desse ano por acaso.
— Vim com minha irmã fazer um exame, e vi na TV da clínica que era hoje, aí falei com a Rosângela e agora estamos aqui. A gente ia voltar para casa na hora do almoço, e agora vamos ficar até o fim do dia! — brinca Rosana.
Na frente das irmãs, a aposentada e moradora de Botafogo Hilda Simões, de 87 anos, lembra de quando foi ao Projeto Aquarius pela primeira vez, ainda nos anos 70, na Quinta da Boa Vista.
—A gente sentava naquele gramado e aproveitava o espetáculo o dia inteiro. Mas aqui também é muito bom! Tem esse espaço aberto, a brisa do mar — disse dona Hilda, enquanto o vento suave remexia as madeixas grisalhas da aposentada.
Marilene Araújo, de 73 anos, também lembra com carinho dos anos do Projeto Aquarius na quinta, mas considera que a Praça Mauá é um lugar melhor preparado para o Projeto hoje em dia.
— Era muito bom na Quinta, mas o lugar está um pouco abandonado. Aqui está mais movimentado, com boa infraestrutura, e ainda tem o show da Iza. Ela é uma musa pra mim! — brincou a moradora de Realengo.