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Brasileirão 2025 tem média de uma demissão de técnico a cada rodada; entenda

Mais da metade dos clubes da Série A já trocaram de comando técnico antes mesmo da metade do campeonato

Por Agência O Globo - 17/07/2025
Brasileirão 2025 tem média de uma demissão de técnico a cada rodada; entenda
Sede da CBF. (Foto: Agência Brasil)

O Campeonato Brasileiro de 2025 mal passou da 13ª rodada e já soma 12 treinadores demitidos — uma média alarmante de praticamente uma troca por rodada disputada. Embora a tabela tenha seis jogos adiados por conta de competições paralelas, os clubes já atuaram, em maioria, 13 vezes, o que torna o número ainda mais simbólico: mais da metade dos 20 times da Série A trocaram de comando técnico antes mesmo da metade do torneio, reforçando o rótulo de mais impaciente com treinadores no futebol mundial.

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A mais recente vítima foi Juan Pablo Vojvoda, que encerrou uma das passagens mais longevas do futebol brasileiro ao deixar o Fortaleza após mais de quatro anos. O argentino, que chegou ao clube em 2021 e conquistou cinco títulos, caiu após cinco derrotas consecutivas no Brasileirão e uma eliminação na Copa do Nordeste. Mesmo com histórico de reviravolta, como a recuperação épica em 2022, a diretoria cearense optou pela mudança.

Antes dele, outras saídas já marcavam o cenário conturbado. Renato Paiva, por exemplo, foi demitido do Botafogo ainda sob os ecos da participação no Mundial de Clubes. Nem a vitória histórica sobre o PSG foi suficiente para apagar a má impressão deixada na eliminação para o Palmeiras. Davide Ancelotti, filho de Carlo Ancelotti e estreante como técnico principal, foi escolhido para a vaga.

Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza)

Com passagem histórica de mais de quatro anos, Vojvoda conquistou cinco títulos e levou o Fortaleza a três classificações para a Libertadores. Apesar do bom desempenho geral e da recuperação em temporadas anteriores, a sequência de cinco derrotas no Brasileirão e a eliminação precoce na Copa do Nordeste custaram seu cargo.

Thiago Carpini (Vitória)

Técnico por mais de um ano no clube baiano, Carpini foi fundamental para evitar o rebaixamento na última Série A. Em 2025, contudo, a campanha irregular, com vice-campeonato estadual e eliminações precoces em copas regionais e nacionais, culminou em sua demissão após queda na Copa do Nordeste.

Renato Paiva (Botafogo)

Apesar da histórica vitória sobre o PSG no Mundial de Clubes, Paiva não resistiu à derrota nas oitavas para o Palmeiras e às críticas internas. Em 23 jogos pelo Alvinegro, manteve aproveitamento razoável, mas o desgaste foi suficiente para a saída do técnico português.

Luis Zubeldía (São Paulo)

Com um ano de clube, Zubeldía ajudou o Tricolor a avançar na Libertadores e Copa do Brasil, mas seu desempenho ruim no Brasileirão, próximo da zona de rebaixamento, aliado a derrotas em casa para times considerados inferiores, resultou em sua saída por acordo.

António Oliveira (Sport)

A passagem relâmpago do treinador português durou apenas quatro jogos, todos pelo Brasileirão, com um empate e três derrotas, deixando o Sport na lanterna e com baixo aproveitamento, o que levou à rápida demissão.

Fábio Matias (Juventude)

Sob seu comando, o time gaúcho acumulou uma série negativa de cinco jogos sem vencer, sofrendo goleadas e com a pior defesa da Série A, o que motivou sua saída após apenas oito partidas.

Pepa (Sport)

Responsável pelo acesso do clube para a Série A em 2024, Pepa enfrentou um início turbulento na elite nacional, com eliminações precoces e má fase no Brasileirão, sendo demitido após oito meses e 41 jogos, deixando o time na lanterna.

Fábio Carille (Vasco)

Contratado no início da temporada, Carille não conseguiu conquistar a torcida e foi pressionado desde o Campeonato Carioca. Após sequência ruim no Brasileirão, foi demitido na 6ª rodada, com aproveitamento modesto no comando.

Ramón Díaz (Corinthians)

Apesar de conquistas anteriores no clube, Díaz não conseguiu manter o desempenho esperado, recebendo críticas públicas e sendo desligado após quatro rodadas, com Dorival Júnior assumindo em seu lugar.

Gustavo Quinteros (Grêmio)

Contratado para substituir Renato Gaúcho, o técnico argentino naturalizado boliviano não alcançou as expectativas, sendo demitido após 20 jogos e derrota pesada na Série A, abrindo caminho para o retorno de Mano Menezes.

Pedro Caixinha (Santos)

Com início frustrante no Brasileirão, sem vitórias em três jogos, Caixinha foi demitido cedo, cedendo espaço para Cléber Xavier assumir o comando do Peixe em busca de recuperação.

Mano Menezes (Fluminense)

Líder na fuga contra o rebaixamento em 2024, Mano não resistiu à derrota na estreia do Brasileirão 2025 e foi substituído por Renato Gaúcho, encerrando sua passagem após 46 jogos e aproveitamento razoável.

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