'Do samba ao pastel': Feira da Glória é declarada patrimônio cultural fluminense

Organizada todos os domingos, no bairro da Glória, a feira centenária é point de milhares de cariocas e turistas de passagem na capital

Por Agência O Globo - 09/07/2025

A tradicional Feira Livre da Glória foi declarada patrimônio histórico, cultural e imaterial do Estado do Rio de Janeiro. O projeto de lei, de autoria da deputada Verônia Lima (PT), foi aprovado pela Assembleia Legislativa (Alerj) e sancionado pelo Governador Cláudio Castro nesta terça-feira, dia 8 de julho. Agora, o poder executivo pode fazer parcerias com outras entidades ou instituições públicas para valorizar e incentivar atividades culturais no evento.

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Com origens incertas, acredita-se que a feira livre, considera a maior do Rio de Janeiro, existe há mais de 100 anos. Organizada todos os domingos na Avenida Augusto Severo, no bairro da Glória, virou destino certo de milhares de cariocas que buscam aproveitar um dia de sol livre das praias e turistas de passagem na capital fluminense. A Feira Livre da Glória tem seu início às 9h, mas se estende até 18h.

A feira oferece uma diversidade de produtos, incluindo bebidas e comidas típicas de diversas regiões do Brasil e outros países. Também é possível encontrar grande variedade de roupas, objetos de decoração e artesanato. Além disso, a feira se destaca pela efervescência gerada por apresentações musicais como rodas de samba, o que há faz um concorrido local de lazer e cultura.

— Frequento a Feira Livre da Glória desde que sou criança e fico muito feliz em saber desse reconhecimento. É sempre bom valorizar nossa cultura popular, porque é o que marca nossa identidade fluminense — disse Bruno Seixas, de 39 anos, ator e frequentador da feira.

O que muda com o reconhecimento

Atualmente a Feira Livre da Glória é um espaço de encontro e interação entre cidadãos de diversas gerações e tradições. Num primeiro momento, o reconhecimento não irá mudar a rotina dos frequentadores. No entanto, após ser considerada Patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro, poderá sofrer valorização e atrair investimentos e parcerias diversas, além de ações e promoções.