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Policial civil aposentado é preso por cobrar propina de bingos e casas de prostituição; outros cinco agentes foram denunciados pelo MPRJ
Grupo é acusado de extorquir dinheiro de estabelecimentos ilegais para evitar investigações sobre eles

O policial civil aposentado Alcino Luiz Costa Pereira foi preso, nesta terça-feira, numa ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto. Pereira é apontado como chefe de um grupo de policiais civis que exigia propina de donos de casas de prostituição, bingos clandestinos, ferros-velhos e outros estabelecimentos ilegais para evitar investigações. Pelo envolvimento no esquema, o Gaeco denunciou o agente aposentado e mais cinco policiais civis por diversos atos de corrupção passiva. A Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) participa da ação.
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De acordo com as investigações, os crimes ocorreram de forma contínua entre 2018 e 2022, envolvendo principalmente agentes lotados na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio. Pereira, que segundo as investigações era o articulador do grupo criminoso, organizava a distribuição das cobranças entre os policiais e se comunicava diretamente com os donos dos estabelecimentos.
A denúncia é um desdobramento da Operação Fim da Linha, deflagrada em 2022 com foco em corrupção e lavagem de dinheiro. Na ocasião, o Gaeco já investigava um esquema de corrupção sistêmica em delegacias especializadas do Rio de Janeiro. Pereira já havia sido denunciado em outro processo ligado à mesma operação, por condutas semelhantes.
Na primeira fase, a Operação Fim da Linha mirou a máfia do jogo do bicho e tentou prender Bernardo Bello, apontado como um dos chefes da contravenção.