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OMS pressiona países a aumentar em 50% os preços de bebidas açucaradas, álcool e tabaco
A iniciativa criada pela agência prevê que as taxas sejam aplicadas por meio de impostos nos próximos 10 anos

Nova iniciativa da Organização Mundial da Saúde () pressiona países para que aumentem os preços de bebidas açucaradas, álcool e tabaco em 50% nos próximos 10 anos por meio de impostos. A medida é uma maneira de conter o aumento de novos casos de doenças crônicas não transmissíveis (DNTs), como problemas cardíacos, câncer e diabetes.
Em comunicado, a OMS cita um relatório que indica que um aumento único de 50% no preço desses produtos poderia evitar 50 milhões de mortes prematuras nos próximos 50 anos.
“Os impostos sobre a saúde são uma das ferramentas mais eficientes que temos. Eles reduzem o consumo de produtos nocivos e geram receitas que os governos podem reinvestir em saúde, educação e proteção social. É hora de agir”, afirma Jeremy Farrar, Diretor-Geral Adjunto de Promoção da Saúde e Prevenção e Controle de Doenças da OMS.
No total, a organização criou uma meta para arrecadar com a medida mais de 1 trilhão de dólares nos próximos 10 anos. Chamada de "3 por 35", a iniciativa foi lançada na conferência da ONU sobre Finanças para o Desenvolvimento realizada na Espanha.
"Da Colômbia à África do Sul, os governos que introduziram impostos sobre a saúde observaram redução no consumo e aumento na receita. No entanto, muitos países continuam a oferecer incentivos fiscais a indústrias prejudiciais à saúde, incluindo a do tabaco", diz o comunicado.
Ainda, a OMS cita que, entre 2012 e 2022, quase 140 países aumentaram os impostos sobre o tabaco, o que resultou em um aumento dos preços reais em mais de 50%, em média.
"Demonstrando que uma mudança em larga escala é possível", conclui a agência.