Notícias

“Obrigado a todos”. As primeiras palavras do Papa ao receber alta

Depois de cinco semanas e 38 dias de internação, Francisco finalmente pôde saudar os fiéis

Por Informa Alagoas 23/03/2025
“Obrigado a todos”. As primeiras palavras do Papa ao receber alta
Obrigado a todos!” Essas foram as palavras do Papa ao saudar os fiéis (Foto: Reprodução/Vaticano News)

Depois de cinco semanas e 38 dias de internação, Francisco finalmente pôde saudar os fiéis. Foram poucas palavras, mas repletas de significado.

“Obrigado a todos!”

Essas foram as palavras do Papa ao saudar os fiéis, romanos e turistas que foram ao Hospital Gemelli para ver o Pontífice depois de 38 dias de internação, a mais longa do seu pontificado.

Em meio à multidão, Francisco reconheceu uma senhora, Carmela, que todas as quartas-feiras participa da Audiência Geral para lhe entregar um maço de rosas: “E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa”, disse ainda o Papa do 5º andar do Hospital, e não do 10º, onde estava internado, justamente para ficar mais próximo dos fiéis, como pediu o Pontífice.

Durante o anúncio da alta feito no sábado, os médicos Sergio Alfieri e Luigi Carbone alertam que o Papa estava mais magro, mas Francisco apareceu bem, com um semblante sereno, acenando para os fiéis com o sinal de “joia” com o polegar em riste. E concedeu a bênção somente com as mãos.

Logo em seguida, o Papa deixou o hospital rumo à Casa Santa Marta. Durante o trajeto, fez uma etapa na Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone da Salus Popoli Romani, para agradecer por sua recuperação.

“Experimentei a paciência do Senhor”

Enquanto os fiéis emocionados viam o seu pastor, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o texto preparado para o Angelus:

“Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!

A parábola que encontramos no Evangelho de hoje nos fala da paciência de Deus, que nos exorta a fazer de nossa vida um tempo de conversão. Jesus usa a imagem de uma figueira estéril, que não produziu os frutos esperados e que, no entanto, o agricultor não quer cortar: deseja adubá-la mais uma vez para ver ‘se dará fruto no futuro’ (Lc 13,9). Esse agricultor paciente é o Senhor, que trabalha com zelo o terreno de nossa vida e aguarda confiante o nosso retorno a Ele.”

Em seguida, o Papa faz uma referência à sua saúde:

“Neste longo período de recuperação, tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor, que vejo também refletida na dedicação incansável dos médicos e dos profissionais da saúde, assim como nos cuidados e nas esperanças dos familiares dos doentes. Essa paciência confiante, ancorada no amor de Deus que nunca falha, é verdadeiramente necessária à nossa vida, especialmente para enfrentar as situações mais difíceis e dolorosas.”

Que as armas se calem imediatamente!

Grande parte do texto do Angelus, porém, manifesta a preocupação do Pontífice com as guerrar no mundo, de modo especial com a situação no Oriente Médio:

“Entristece-me a retomada dos pesados bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, com tantas mortes e feridos. Peço que as armas se calem imediatamente e que se tenha a coragem de retomar o diálogo, para que todos os reféns sejam libertados e se alcance um cessar-fogo definitivo. Na Faixa de Gaza, a situação humanitária é novamente gravíssima e exige o compromisso urgente das partes beligerantes e da comunidade internacional.

Alegra-me, por outro lado, que a Armênia e o Azerbaijão tenham acordado o texto definitivo do Acordo de Paz. Espero que seja assinado o quanto antes e possa, assim, contribuir para estabelecer uma paz duradoura no sul do Cáucaso.

Com tanta paciência e perseverança, vocês continuam a rezar por mim: agradeço-lhes muito! Eu também rezo por vocês. E juntos imploramos pelo fim das guerras e pela paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, em Mianmar, no Sudão e na República Democrática do Congo.

Que a Virgem Maria nos proteja e continue a nos acompanhar no caminho rumo à Páscoa.”