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HGE salva a vida de trabalhadora que desconhecia ter trombose venosa profunda nas pernas
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A trabalhadora Cláudia Félix da Silva, de 54 anos, recebeu alta no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, com o coração transbordando gratidão. Ela disse que não imaginava que receberia tantos cuidados, tampouco o diagnóstico de trombose venosa profunda em ambas as pernas. Submetida a angioplastia e arteriografia, procedimentos realizados em hemodinâmica estruturada pelo Governo de Alagoas, agora ela voltou para casa sem o risco de perder os membros, tampouco a vida.
Cláudia é natural de Pilar, mas trabalha como gari em Santa Luzia do Norte. Ela é casada, tem dois filhos, e convive com a diabetes e hipertensão. Certo dia, uma dor intensa surgiu em suas pernas e a pele dos pés começou a escurecer. Ela procurou ajuda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jaraguá, que identificou a necessidade do atendimento especializado na maior unidade de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
“Eu não imaginava que seria tão grave. Fui bem tratada aqui no HGE, recebi todas as medicações e fui submetida à angioplastia. Eu fiquei muito triste quando percebi que estava doente, mas agora estou feliz. Hoje me sinto curada, mesmo sabendo que preciso cumprir com alguns cuidados para evitar que outros problemas surjam”, disse a mãe de família, momentos antes de sair do hospital, na última sexta (7).
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou que a implantação da nova hemodinâmica do HGE teve o propósito de salvar mais vidas, assegurando assistência com mais agilidade. “Com o novo equipamento de hemodinâmica, passamos a fazer os procedimentos da área vascular em nossa própria rede, otimizamos os recursos públicos e aumentamos a velocidade do atendimento dos pacientes, bem como, a reabilitação, assim como aconteceu com a dona Cláudia Félix da Silva", frisou o gestor da Sesau.
A Doença
A trombose venosa profunda é uma doença grave que ocorre quando se formam coágulos de sangue nas veias profundas do corpo. Ela pode ocorrer nas pernas, coxas, pelve ou abdômen. Os sintomas incluem dor, edema, calor, vermelhidão, rigidez muscular, dormência e formigamento. Entre as complicações que podem ser causadas está a embolia pulmonar, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). O diagnóstico é feito por meio de exame físico, anamnese, testes laboratoriais e exames de imagem.
“O HGE é referência em cirurgia vascular e diariamente acolhemos pacientes com complicações de doenças crônicas, principalmente da Diabetes e da Hipertensão. A dona Cláudia foi uma dessas pacientes e ela também é mais uma que conseguimos restabelecer a saúde e salvá-la de sequelas, que causariam incapacidade, e até mesmo o óbito. É uma dedicação cumprida pela equipe dia e noite e fortalecida com a inauguração da nova hemodinâmica”, salientou o coordenador médico do HGE, Ricardo Calado.
Equipamento Moderno
A segunda Hemodinâmica do HGE, inaugurada no dia 26 de agosto de 2024, tem como propósito estender a tecnologia, que já era disponibilizada aos pacientes da Cardiologia, para os assistidos pela Cirurgia Vascular e Neurologia. Foram investidos mais de R$ 3,2 milhões na aquisição, viabilizando diagnósticos mais precisos e a realização de procedimentos da mais alta complexidade, como foi o caso da Cláudia Félix da Silva.
“Com esse equipamento conseguimos diminuir os índices de amputação, salvando membros por meio de tratamentos minimamente invasivos. Também agilizamos a rotatividade de leitos, uma vez que o tratamento passa a acontecer em menor tempo. Isso nos ajudará a assistir mais alagoanos que precisam do nosso serviço especializado e multidisciplinar”, concluiu o médico.
Vale reforçar a necessidade de manter os check-ups em dia, uma vez que ele permite detectar doenças precocemente, o que aumenta as chances de cura e evita que elas se agravem. Além disso, a regularidade ajuda a monitorar a saúde geral do paciente, principalmente de quem convive com doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão, e a identificar fatores de risco, como a obesidade, a pressão alta, o colesterol alto e o sedentarismo.