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FAB faz menos voos com autoridades em 2024; Barroso e Lira lideram

Por Poder 360 08/01/2025
FAB faz menos voos com autoridades em 2024; Barroso e Lira lideram
Avião da FAB. (Foto: Foto: Tânia Rego/Agência Brasil.)

Autoridades voaram 1.437 vezes em aviões da Força Aérea Brasileira em 2024. Esse número representa uma queda de 23,5% na comparação com o ano anterior, quando haviam sido 1.879 voos. 

Podem solicitar os aviões da FAB ministros de Estado, presidentes de Poderes e comandantes das próprias Forças Armadas, além do vice-presidente da República, em casos de serviço ou segurança.

No 1º ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), houve uma alta de 4,1% ante o ano anterior, 2022, o último de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

No infográfico acima, voos compartilhados são contados como uma só decolagem. Essa diferenciação é feita pela Força Aérea em sua base de dados, mas as requisições são listadas separadamente de forma genérica.

Barroso e Lira lideram

O presidente do STF, Roberto Barroso, foi quem mais voou em aviões da FAB: 147 vezes. O 2º lugar ficou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com 129. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fecha o top 3, com 119 viagens.

Não é possível saber a lista de passageiros de todos os voos.

Quem voa de FAB

Os voos podem ser requisitados pelo vice-presidente da República, por ministros de Estado, presidentes de Poderes e comandantes das Forças Armadas para casos de serviço ou segurança.

Em abril de 2015, a então presidente Dilma Rousseff tentou proibir o que foi chamado de “farra dos voos da FAB”. Baixou um decreto (8.432/2015) impedindo o deslocamento ao domicílio de autoridades. O uso caiu, mas não parou. 

A justificativa de “segurança” continuou sendo citada em um sentido mais amplo. A tese é de que, em qualquer deslocamento de um ministro, estaria embutido um risco.

A questão ganhou novos holofotes em 2020, quando o então secretário-executivo da Casa Civil Vicente Santini foi demitido depois de vir a público um voo que fez da Suíça à Índia com um jatinho da FAB –depois disso, o governo Bolsonaro o readmitiu em outros cargos de alto escalão.

Com a repercussão, Bolsonaro publicou um decreto (10.267/2020) proibindo o uso dos aviões por ministros interinos. Aproveitou o texto para formalizar a possibilidade de que o deslocamento para a casa dos chefes de Poderes tenha sempre a presunção de motivo de segurança.

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