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Segunda paciente transplantada de coração na rede pública de Saúde do Estado recebe alta médica
A segunda paciente transplantada de coração na rede pública de Saúde do Estado recebeu alta médica nesta sexta-feira (6). A administradora de empresas Cláudia Lobo Cardoso, de 46 anos, passou pelo procedimento cirúrgico no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Sesau).
Acometida por miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca, Cláudia Lobo Cardoso recebeu o novo coração no último dia 19 de novembro. O transplante foi possível depois que um paciente internado em uma unidade hospitalar do interior do Estado teve morte encefálica e a família autorizou a doação dos órgãos. O coração foi trazido para Maceió em um helicóptero do Programa Salva Mais, que integra a Sesau e a Secretaria Estado de Segurança Pública (SSP).
"Estou muito feliz com a minha alta médica e por ter recebido um novo coração. Mas vou ficar com saudades de todos do Hospital do Coração Alagoano, onde fui muito bem tratada. Por muito tempo, fiquei dormindo sentada, porque, diante da miocardiopatia dilatada e da insuficiência cardíaca que me acometeram, tinha muita dificuldade para respirar. Agora volto para casa feliz e com o desejo de recomeçar, viver e sonhar", frisou Cláudia Lobo Cardoso.
A alta médica foi acompanhada pelo secretário de Saúde do Estado, médico Gustavo Pontes de Miranda, que reforçou o compromisso do Governo de Alagoas com a saúde da população alagoana e com a realização de transplantes de órgãos na Rede Pública de Saúde do Estado. "Este é um passo importante para consolidarmos o Programa Alagoas Transplanta como um serviço de referência nacional. Investimos em estrutura, tecnologia e, principalmente, em treinamento e capacitação das equipes", frisou o gestor da saúde estadual.
O programa
O Programa Alagoas Transplanta tem se consolidado como uma referência na área de transplantes, com foco na captação e transplante de órgãos. Com o sucesso do segundo transplante de coração realizado no Estado, a expectativa é que mais vidas possam ser salvas, graças ao esforço conjunto entre Governo, hospitais e a população.
O cirurgião responsável pelo procedimento, o cardiologista José Wanderley, destacou a complexidade do transplante, que exige uma sincronia impecável entre as equipes de captação, anestesia e cuidados pós-operatórios. "É uma verdadeira corrida contra o tempo, e a dedicação de todos, desde os médicos até os enfermeiros, foi fundamental para o sucesso dessa operação", frisou.
Além dele, participaram do procedimento Laio Caju Wanderley e Diego Andrade, como cirurgiões de transplante; Diego Andrade e José Leitão, como cirurgiões de captação; Arisson Euclides e Peterson Siqueira, como anestesistas. Áurea Pimentel, Lívia Rafaela, Larissa dos Santos, Victor Coutinho e Márcia Barros, como enfermeiros; Janayna Nunes, Thaynara Alencar, Bárbara Rosas e Eduarda Vitória, como técnicas de enfermagem; Leila Murta e Larice Simões, como perfusionistas; Socorro Alencar, como instrumentadora, Ana Claudia de Jesus e Janayna Ernesto, como assistentes sociais; e Saskia Nicole e Analu Lopes, como psicólogas.
O diretor do Hospital do Coração Alagoano, Otoni Veríssimo, também comemorou a realização do segundo transplante de coração na Rede Pública de Saúde do Estado. "Este é um exemplo claro de que, com união entre Governo, médicos e a sociedade, podemos oferecer aos nossos pacientes a chance de uma vida nova", afirmou Veríssimo.
Já Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, destacou a importância desse transplante para o sistema de saúde estadual. "Cada transplante realizado é um verdadeiro reflexo do comprometimento de todos os envolvidos, desde a captação até o acompanhamento pós-operatório. A Central de Transplantes tem trabalhado incansavelmente para garantir a eficiência na captação e distribuição de órgãos, e o sucesso dessa cirurgia é uma grande conquista para nossa equipe, para o Hospital do Coração e para todo o estado", afirmou.
Ela também ressaltou a importância da conscientização sobre a doação de órgãos. "Esse é um momento de grande emoção para todos nós, pois sabemos o quanto a doação de órgãos pode salvar vidas e mudar o destino de pacientes em situação crítica. A decisão dos familiares do doador, em um momento tão doloroso, é uma atitude de extrema generosidade e humanidade, que reverbera no coração de quem recebe a oportunidade de continuar vivendo", completou.
A coordenadora do Programa Salva Mais, enfermeira Elaine Monteiro, enfatizou a importância da parceria entre o programa e os hospitais estaduais para garantir o transporte de órgãos em tempo hábil. "O sucesso desse transplante é um reflexo do esforço contínuo da nossa equipe, das autoridades de saúde e das famílias de doadores, que em um momento de dor, tomam a difícil decisão de salvar vidas", disse Elaine.