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Desde 1996, de 299 segundos turnos, só houve virada em 74
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As grandes cidades brasileiras, aquelas com 200 mil eleitores ou mais, tiveram 299 disputas de 2º turno de 1996 a 2020. Em só 24,7% desses casos (74 vezes) houve viradas de posição entre os candidatos –quando o 2º colocado no 1º turno termina vencendo na rodada final.
A chance de reviravolta é ainda menor quando a distância entre os candidatos é maior que 10 pontos percentuais: em só 6% de todos os segundos turnos isso ocorreu nos últimos 28 anos.
O 2º turno é realizado quando 1 candidato não recebe pelo menos 50% + 1 dos votos válidos em municípios com mais de 200 mil eleitores.
Em 2024, das 103 cidades que tinham a possibilidade de 2º turno, 52 voltam às urnas novamente em 27 de outubro para escolher seus prefeitos. Em outros 51 municípios desse grupo de maior eleitorado o chefe municipal foi eleito já na 1ª rodada do pleito.
Em 25 das 52 cidades que terão 2º turno, a distância entre os candidatos na 1ª etapa do pleito deste ano foi de o,1 a 10 pontos percentuais. Em outros 27 municípios, a diferença foi maior do que isso. Viradas nesses casos ocorreram só 19 vezes desde 1996.
Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, Ricardo Nunes (MDB) terminou só 0,41 ponto à frente de Guilherme Boulos (Psol). Nesse caso, entretanto, a chance de virada é remota: Pablo Marçal (PRTB) ficou em 3º (com votação quase idêntica a dos primeiros colocados) e é um candidato conservador. Seus eleitores tendem a não votar em Boulos.