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Queimadas em áreas indígenas cresceram 80% em 2024, diz Ipam
As queimadas em territórios indígenas cresceram 80,6% de janeiro a agosto de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram devastados 3,08 milhões de hectares nos 8 primeiros meses deste ano –o equivalente a 4,4 milhões de campos de futebol ou todo o Estado de Alagoas. Em 2023, foram 1,7 milhão de hectares.
Os dados são da nota técnica “Fogo no Brasil em 2024: o retrato fundiário da área queimada nos biomas“, produzida por organizações da Rede MapBiomas e divulgada na quinta-feira (26).
A maior área queimada se concentra no Cerrado. Foram incendiados 1.630.229 hectares de TIs (Terras Indígenas). Equivale a 40% do território destruído no bioma. A Amazônia apresenta números semelhantes: 1.296.272 hectares, ou 24% da área destruída.
O estudo destaca que as queimadas mantiveram um padrão constante de 2019 a 2023 antes do salto neste ano. Ou seja, indica que os incêndios atuais tem possível origem criminosa relacionado a invasões, atividades ilegais e queimas de pasto que saíram do controle.
Queimadas no Brasil
Em todo o território nacional, foram queimados 11.350.194 hectares de janeiro a agosto deste ano. O número é 116% maior que o incendiado no mesmo período de 2023.
Além das Terras Indígenas, os Imóveis Rurais Grandes (2.832.273 hectares) foi uma das categorias fundiárias mais destruídas pelo fogo neste ano.