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Brasil registra 5.724 focos de incêndio

Por Poder 360 05/09/2024
Brasil registra 5.724 focos de incêndio
Queimadas na Amazônia. (Foto: Foto: Jader Souza/AL Roraima.)

O Brasil registra 5.724 focos de incêndio nesta 5ª feira (5.set.2024), segundo dados consolidados do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A Amazônia concentra a maior parcela das ocorrências, com 2.819 –ou 49,2%. 

O Estado do Pará teve o maior número de queimadas, com 1.975 focos registrados em 24h. É seguido por Mato Grosso (1.393) e Tocantins (522). O país registrou 17.976 focos de incêndios de 1º a 5 de setembro.

Além da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga e Pantanal registraram a incidência de fogo. Brasília, por exemplo, registrou 20 ocorrências. O Cerrado teve o 2º maior número, com 2.238 focos.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

O país vive uma seca histórica, com a pior estiagem em 44 anos, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao MCTI (Ministério de Ciência e Tecnologia).

Entenda as causas

A seca e a estiagem que afetam grande parte dos municípios são comuns ao inverno brasileiro. A temporada começou em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorrem na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;

antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.

Estiagem na Amazônia

Na região da Amazônia, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentam cerca de 1 ano de estiagem.É a seca mais longa já registrada. São 3 as principais causas:

intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelo fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início desse ano e influenciou o começo da seca;

aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;

temperaturas globais recordes – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.

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