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Mutirão de limpeza recolhe resíduos sólidos descartados na Lagoa Mundaú
Ação envolveu a Autarquia Municipal de Limpeza Urbana, alunos da Escola Municipal Silvestre Péricles, do Pontal, e o Projeto Nosso Mangue
O último final de semana foi de conscientização e cuidados com o meio ambiente, principalmente o mangue. Em uma atividade denominada Recomangue, a Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) pôde contribuir com os serviços dos Ecoboats, responsáveis pela coleta de materiais flutuantes na Lagoa Mundaú. Além da Autarquia, o projeto Nosso Mangue também encabeçou a ação.
A iniciativa estava voltada para a coleta de resíduos sólidos que acabam indo parar nos manguezais após serem descartados de forma irregular em diversos pontos da capital. O resultado dessa prática é a deterioração do ecossistema da Lagoa Mundaú, que desempenha um papel fundamental para o meio ambiente de Maceió, servindo como berçário natural de várias espécies e habitat de moluscos, como o sururu, que é parte integrante da cultura local.
Com a atuação dos Ecoboats, que fazem parte do Projeto Lagoa Limpa e vem contribuindo valiosamente para a limpeza da laguna, resíduos como móveis inservíveis, pneus, recicláveis, dentre outros são retirados da água, evitando que se tornem invasores naquele bioma. Desde o início da atuação dos catamarãs, já são mais de 800 toneladas de materiais coletados.
Bruno Prado, estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária na Ufal e estagiário da Alurb, acompanhou a atividade e destacou sua experiência.
"A iniciativa, fruto de uma colaboração entre a prefeitura de Maceió, a Alurb e o projeto Nosso Mangue, se destacou pela integração de atividades educacionais com a ação prática de conservação dos manguezais", disse.
Além da coleta dos resíduos, mutirão promoveu o planto de mangue. Foto: Ascom Alurb
Além do recolhimento dentro dos mangues, realizado por cerca de 25 pessoas, entre elas alunos da Escola Municipal Silvestre Péricles, localizada no Pontal da Barra, um plantio de mangue também foi executado, na tentativa de amenizar as consequências já causadas por práticas negativas e a falta de olhar de outras gestões para essa questão.
"Essas áreas críticas acumulam resíduos, principalmente plásticos, nas raízes dos mangues, que tem a função de filtro natural durante o fluxo das marés. Isso resulta na formação de uma camada expressiva de lixo que prejudica a fauna e flora local, obstruindo os buracos dos caranguejos, sufocando as raízes respiratórias das plantas de mangue e afetando a vida selvagem de diversas maneiras", completou Bruno.