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Mina 18: equipamento de monitoramento só terá dados consistentes após 10 dias
A Defesa Civil informou na tarde desta quarta-feira (12) que o equipamento de monitoração, instalado na região da mina 18, só deve liberar novas analises sobre o solo após 10 dias. O serviço foi realizado ontem, mas órgão estadual esclareceu que a calibração de dados sismológicos só é processada nas próximas 24h, porém é necessário um prazo maior para coletar amostras consistentes.
De acordo com coordenador-geral do órgão, Abelardo Nobre, há uma necessidade de aproximadamente dez dias de análise dos dados para verificar a precisão desse monitoramento. O equipamento age conforme as sinalizações sísmicas do solo, ou seja, para dados concretos, as analises demandam mais tempo.
“Somente após esses dez dias conseguiremos ter uma análise mais precisa, pois todo o nosso monitoramento na região afetada, assim como na região das minas, depende da consistência e persistência dos dados. Temos a responsabilidade de fazer análises cuidadosas para não emitir informações equivocadas”, salienta o coordenador.
O monitoramento das demais minas segue ativo e os demais equipamentos apresentam, até o momento, situação de normalidade. Somente o DGPS que media a movimentação da mina 18 foi perdido no rompimento que ocorreu no último domingo (10).
O órgão analisa os dados em tempo real, com uma rede de equipamentos que conseguem perceber movimentos do solo em milímetros.
Métodos utilizados:
- Rede sismológica com 14 sensores superficiais e 12 em profundidade;
- Interferometria de radar por abertura sintética (InSAR) em uma área de aproximadamente 16 km², e com alta resolução espacial;
- 76 Receptores com Sistema diferencial de navegação Global por satélite (DGPS's);
- Quatro Inclinômetros com 250m de profundidade e sensores a cada 1m;
- 13 Tiltímetros;
- Três Pluviômetros instalados próximos a área afetada.