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Alfredo Gaspar vai presidir Audiência Pública na Câmara dos Deputados sobre afundamento do Solo em Maceió

Por Assessoria 11/12/2023
Alfredo Gaspar vai presidir Audiência Pública na Câmara dos Deputados sobre afundamento do Solo em Maceió
Alfredo Gaspar participará de Audiência Pública sobre os afundamentos do solo em Maceió (Foto: (Foto: Divulgação))

O maior desastre socioambiental do país, que atinge mais de 60 mil maceioenses e culminou com o colapso da mina 18, na tarde do último domingo, será tema de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na terça-feira (12), em Brasília. O evento foi convocado pelo deputado federal Alfredo Gaspar (União - Alagoas), coordenador da Comissão Externa que Acompanha o afundamento do solo em Maceió devido a exploração predatória da Braskem.

O encontro está marcado para acontecer a partir das 15 horas, e pretende buscar novas atualização e informações sobre esse crime ambiental que já se estende há mais de 5 anos. “A Comissão foi instalada em abril e desde então seguimos buscando respostas sobre a situação e principalmente maneiras de punir os envolvidos nessa tragédia, seja a empresa ou quem quer que esteja envolvido nesse crime. Seguimos cobrando respostas da Polícia Federal sobre o andamento do inquérito que apura o caso”, conta Alfredo Gaspar. “O que aconteceu na mina 18, pode ser apenas o começo de algo maior. Precisamos de mais informações, pensando em salvar vidas, com as devidas realocações e reparações materiais e morais, além de minimizar os danos ambientais que já são incalculáveis”.

O afundamento do solo atinge os bairros do Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Flexal e Farol. “O que aconteceu com Maceió foi em virtude da ação criminosa e gananciosa da extração de sal-gema pela Braskem, e ainda precisamos de mais respostas, além de outras medidas de compensação para as vítimas”, coloca o parlamentar alagoano.

Para a audiência pública foram convidados: Helder Pasti, superintendente Substituto de Fiscalização da Agência Nacional de Mineração - ANM; Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial, e Francisco Valdir, diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil - CPRM; Gustavo Ressurreição Lopes, diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas - IMA/AL; Paulo Roberto Farias Falcão, diretor do Departamento de Obras de Proteção e Defesa Civil - DOP, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; Moisés Pereira de Melo, coordenador da Defesa Civil do Estado de Alagoas e Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil Municipal de Maceió.

No final da reunião, novos requerimentos devem ser analisados com convites de informações para novas deliberações sobre o tema. “Está é a nossa segunda audiência pública, já estivemos em Maceió, onde ouvimos as vítimas e parte dos órgãos responsáveis no acompanhamento dessa tragédia. Já temos vários documentos e continuamos buscando as devidas respostas e punições. Esse crime não ficará impune. Maceió precisa de justiça”, completa.

Projeto

Enquanto as ações da Comissão Externa seguem, o deputado federal Alfredo Gaspar já conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados o PL-2257/2023 que propõe medidas concretas, incluindo o ressarcimento por dano material e moral individual, a proibição da apropriação da área afetada pela causadora do crime, a devolução dos imóveis ou área aos antigos proprietários, o cuidado obrigatório com os animais no local evacuado e a impossibilidade de venda da empresa sem o pagamento às vítimas ou o depósito da garantia desse pagamento.

"É crucial que o Senado aprove este projeto agora. Maceió precisa e agradece", destaca o Deputado Alfredo Gaspar.

Outro projeto também já apresentado, desde março deste ano é o PL740/2023, que sugere suspender o pagamento de proventos aos acionistas majoritários de empresas envolvidas em desastres ambientais, como a Braskem. Já que mesmo após grandes desastres como o de Alagoas, as empresas responsáveis continuam suas atividades econômicas e alcançaram lucros gigantescos, enquanto as vítimas seguem em busca de justiça. A proposta está na Câmara dos Deputados aguardando análise.

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