Maceió em Movimento

Pessoas com deficiência elogiam acessibilidade no São João de Massayó

Edição deu aulas de inclusão e serve de espelho para os próximos eventos na cidade, sejam eles públicos ou privados

Por Lívia Tenório 25/06/2025
Pessoas com deficiência elogiam acessibilidade no São João de Massayó
Pessoas com deficiência elogiam acessibilidade no São João de Massayó (Foto: Lívia Tenório)

Lívia Tenório

Embora seja lei, quando o assunto é acessibilidade, ainda temos muito o que evoluir. São raros os eventos gratuitos ou pagos que passam imunes a críticas de pessoas com deficiência, por terem seus direitos desrespeitados nesses espaços. Apesar de ser o esperado em todos os eventos, quando um em específico se sobressai por sua atuação inclusiva, vale o destaque.

O São João de Massayó foi além do camarote exclusivo e disponibilizou diversos recursos de acessibilidade para tornar a experiência o mais confortável possível. A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc), está disponibilizando fones redutores de ruído, totens em Braille, rampas de acesso e banheiros adaptados.

O espaço também conta com intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição durante todas as atrações.

Maria Liziane veio com sua mãe, Quitéria Maria, e rasgou elogios à organização. “Em nenhum outro lugar me senti tão acolhida e vista, quanto aqui. Já tive péssimas experiências em outros locais, mas nas festas municipais é sempre uma alegria, faço questão de ir em todas”, disse.

Sua mãe conta que ela tem a mobilidade reduzida em razão da sua deficiência, o que dificulta sua ida a shows. Neste ano, a Semuc em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), disponibilizou uma van adaptada e gratuita, pensada para facilitar o acesso do grupo PcD ao polo.




Os horários da van foram ajustados conforme a programação da noite, garantindo flexibilidade e comodidade para os usuários.

“A maior alegria de uma mãe é ver seu filho feliz. Quantas vezes ela quis se divertir em um local e não foi possível porque eu sabia que não haveria um espaço pra ela. É doloroso ver como muitos ainda fecham os olhos para as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência, mas é bom saber que aos poucos essa realidade está mudando”, comemorou Quitéria.

O presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac) relatou que o espaço foi projetado a dedo para o público. “Nosso camarote segue sendo referência em todo país. Buscamos a cada ano elevar ainda mais a experiência e, é claro, esperamos servir como modelo para eventos de outros lugares também”, afirmou.

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