Maceió em Movimento

Um sextou no Mercado da Produção

Localizado no bairro da Levada, o mercado tem de tudo um pouco e é parada obrigatória para quem quer conhecer o lado mais “cotidiano” da cidade

Por Livia Tenório 10/01/2025
Um sextou no Mercado da Produção
Mercado da Produção (Foto: Lívia Tenório)


A movimentação no Mercado da Produção neste começo de ano ainda está tranquila tornando possível conhecer melhor o lugar sem aperreio. Para quem mora nos arredores do mercado a ida é algo cotidiano, mas para quem vem de fora, em cada esquina tem uma novidade.

Durante muito tempo o espaço esteve jogado as traças e vivendo de promessas por parte do poder público. Mas em novembro, um projeto do “novo Mercado da Produção” foi apresentado pela Prefeitura de Maceió aos comerciantes, que se mostraram otimistas. Agora é aguardar (ainda mais) pelo desenrolar da história.

A primeira parada dentro do mercado foi em uma barraca que vendia exclusivamente pimentas e lá era possível encontrar pimentas de todas as cores, cheiros e formatos. “A mais ardida que vendo aqui é a escorpião, essa é só para os fortes. Mas tenho também algumas mais fracas e outras já em frascos para quem prefere. Com R$10 o cliente leva 100g”, informou o vendedor Gabriel Sena.

Para além das pimentas, no mercado realmente é possível encontrar de tudo. Desde frutas e verduras à suplementos alimentares, ervas, flores, produtos de limpeza, entre outros. Tudo no precinho, que ainda pode ser pechinchado. E na falta de um bichinho em casa, o que mais tem lá são gatos.

Seguindo o tour pelo Mercado da Produção, a próxima parada foi no Caldo de Cana Barriga Cheia, melhor rodízio de caldo de cana da cidade, localizado atrás do Mercado do Artesanato. Por R$ 5 o cliente toma até dizer chega e ainda é agraciado pela simpática companhia dos vendedores.

Lá eles levam a sério o lema “seca para encher”, mas é impossível o copo secar porque eles sempre chegam antes. O negócio é de família e já está no mercado há mais de 4 anos. “Graças a Deus aqui não falta gente. Da hora que abrimos até a hora de fechar, todo momento que você chegar vai estar cheio”, celebra Josenildo Benedito, um dos donos do estabelecimento.

Seu Paulo comercializa artesanato em sua loja, com produtos que vão desde os tradicionais brinquedos de madeira à brincos e quadros. O vendedor diz que o lugar já há algum tempo tem sido esquecido pelos turistas. “Hoje em dia quando algum navio chega no porto eles passam direto, vão até o Francês ou ficam no artesanato da orla de Maceió. Quem vem aqui geralmente são turistas que estão revisitando e trazendo novas pessoas”, lamenta. Bom, é uma pena não só para os comerciantes, como para os turistas também.

O tour foi finalizado na estação com o VLT, que atualmente possui duas linhas: a linha verde, que interliga as estações de Bom Parto, Mercado e Jaraguá; e a linha azul, que interliga todas as estações entre Bebedouro, em Maceió, e a estação de Lourenço de Albuquerque, no município de Rio Largo. A passagem custa apenas R$2,50 e a experiência, para quem está acostumado a andar apenas de ônibus é bem agradável. Mas atenção, leve dinheiro em espécie, assim como os mais e os incas utilizavam, porque a estação ainda não aceita pix nem cartão.

Tags