Maceió em Movimento
Ambulantes do Centro de Maceió celebram aumento nas vendas de fim de ano
Período festivo é considerado “13º salário” para alguns vendedores autônomos
As compras de fim de ano têm movimentado as ruas do comércio da capital alagoana, mas não são apenas os lojistas que comemoram a boa época. As vendas de fim de ano costumeiramente aumentam (e muito) o lucro dos comerciantes e em 2024 não foi diferente.
Quem anda pelas ruas do Centro de Maceió tem se deparado com um verdadeiro “apocalipse” de pessoas. “Ainda não tinha visto o comércio de Maceió com tanta gente, depois da pandemia. Vim ao Centro com a minha mulher, mas não esperava encontrar esse movimento. Nem estou entrando nas lojas. Fico esperando nos banquinhos no calçadão “, disse o aposentado José Costa.
Os ambulantes da região estão mais do que satisfeitos com os resultados. A busca dos consumidores varia entre brinquedos, acessórios, roupas e aquele lanchinho para matar a fome entre uma compra e outra.
Maria Cícera vende lanches no calçadão do comércio e afirma que devido às altas temperaturas o que mais tem vendido é água. “Aqui eu tenho de tudo: biscoito, pipoca, refrigerante. Mas o que mais tem saído são garrafinhas de água. No verão eu já vendo bastante, mas como o número de pessoas circulando aumentou muito, as vendas dispararam”, afirma. É sempre bom estar hidratado, não é?
Para quem busca presentes de Natal, os camelôs contam com uma diversidade de opções para todas as idades. João Oliveira é ambulante há 3 anos e diz que uma forma de lidar com a concorrência é conseguir diversificar os produtos e manter-se atento aos preços cobrados pelos colegas.
“É sempre bom ter muita coisa pra mostrar porque assim o cliente compra desde o presente pro filho até aquela lembrancinha para o colega de trabalho. Também fico sondando quanto o pessoal está cobrando pelas mesmas mercadorias, assim não levo desvantagem nem espanto o cliente”, disse.
Questionado pela reportagem, o vendedor disse estar satisfeito com as vendas deste ano e chamou a época de “13º salário” para a categoria. “A gente não tem um salário certo, né? Muito menos décimo terceiro. Mas nessa época conseguimos lucrar bem mais do que nos outros meses, já tiramos esse valor [do décimo] nas vendas”, explica.
A expectativa é que esses números continuem melhorando. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio AL, 68,50% dos consumidores irão às compras com um tíquete médio estimado em R$ 320,15. Ainda conforme o levantamento, a maioria dos consumidores irá se auto presentear (28,33%). Entre os que vão presentear, os destinatários serão filhos (21,08%), cônjuge (15,35%), pais (12,31%), sobrinhos (7,76%), irmãos (5,23%), netos (2,53%) e afilhados (1,85%).