Policiais civis mantêm greve até nova conciliação com o Governo
Uma nova reunião está marcada para esta quarta que pode definir se a categoria seguirá ou não com o movimento
Policiais civis mantêm greve até nova conciliação com o Governo
Uma nova reunião está marcada para esta quarta que pode definir se a categoria seguirá ou não com o movimento
Por | Edição do dia 9 de maio de 2016
Categoria: Blog, Notícias, Polícia
| Tags: Policiais civis continuam em greve esperando nova conciliação com o governo

Policiais civis continuam em greve (Foto: Cacá Santiago)
Numa assembleia realizada na última quarta-feira (4), os policiais civis decidiram intensificar sua greve com paralisação de 100% das atividades. O principal motivo foi o recuo do Governo em relação à proposta que foi dada inicialmente. Uma nova reunião está marcada para esta quarta e, dependendo do resultado, a categoria seguirá ou não com a continuidade do movimento.
O diretor de planejamento do Sindicato dos Policiais Civis (SINDPOL), Stelio Jr, conversou com a redação do O Dia+ e explicou em detalhes a situação hoje da categoria, as principais pautas reivindicatórias e quais os próximos passos que serão tomados.
O Dia – Como está a situação hoje dos policiais civis com a greve?
Stelio Jr – Nós estamos mantendo o piquete. Nós não radicalizamos porque tem duas pessoas que ficaram de procurar o governador, que é o secretário de Segurança Pública e o presidente do Tribunal de Justiça, que disse que iria procurá-los e nos dar a resposta. A greve continua 100%.
E os próximos passos em relação a essa reconciliação?
O problema da reconciliação é que a primeira falhou, porque a primeira foi feita pelo presidente do Tribunal. Nós levamos nossos negociadores e eles tiveram a conversa com os deles, que foi Dr. Cristian. O governo se comprometeu com uma proposta, que foi ajustada na mesa, mas depois voltou atrás. É por isso que a greve continua.
Como está a questão dos boletins de ocorrência?
A gente entende que os boletins de ocorrência não é um serviço essencial porque eles podem ser feitos em outro momento. Agora, tem que fazer o auto de flagrante em delito e o tecer o flagrante. São os delegados que estão fazendo. A paralisação não está 100% porque os delegados estão fazendo o serviço essencial.
Quais as principais pautas reivindicatórias?
As principais que o governo já deu uma resposta na conciliação, que foram duas: o retroativo das progressões que o governo já tem uma proposta, as próprias progressões que o governo também teve uma proposta para o plano de carreira. O piso que nós estamos reivindicando R$ 5.500 reais [o atual é R$ 3.060 reais]. A gente queria R$ 8.500, mas como uma amostra de boa vontade, pra sair da greve, a gente reduziu o nosso pedido.
Tem a questão dos 30% de risco de vida. Nosso estado é um dos poucos da federação que não reconhece que o policial corre risco de vida.
A revisão do plano, que deixou dois problemas para serem resolvidos depois. Primeiro a questão dos novos agentes que entraram agora no último concurso, que foram separados, os antigos de um lado e os novos de outro. A ascensão dos novos é mais complexa. O certo era não separar, o certo seria colocar todos com o mesmo plano.
E por último, tem também a questão dos aposentados.
Sobre esse reajuste salarial, o governo deu contraproposta?
Houve uma contraproposta de R$ 3.600 parcelados, mais o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] do ano passado, que é dado esse ano, nessa conciliação. Eu acho que se vier uma proposta com o mesmo valor, talvez não resolva agora.
Vocês estão se organizando aqui para fazer alguma atividade?
Não. Estamos apenas mantendo o piquete. Agora vai ter uma conciliação marcada pelo desembargador Elcídes, que está com a ação da greve, que o governo entrou pedindo a ilegalidade. A reunião será na próxima quarta-feira [11.04]. Entre a categoria e o governo.
A gente não tem ato de peso marcado. Nós estamos dando tempo para que essas duas pessoas que se comprometeram nos dê uma resposta e eu acho que ela chegará na conciliação.