Mais de cinco milhões de carteiras de trabalho não foram retiradas
Maior quantidade está concentrada no Rio Grande do Sul, onde 776,8 mil solicitantes não pegaram o documento
Mais de cinco milhões de carteiras de trabalho não foram retiradas
Maior quantidade está concentrada no Rio Grande do Sul, onde 776,8 mil solicitantes não pegaram o documento
Por | Edição do dia 2 de maio de 2017
Categoria: Brasil, Notícias
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Mais de cinco milhões de Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) estão à espera de seus solicitantes nas superintendências regionais, agências do Ministério do Trabalho e nos postos de atendimento de instituições conveniadas em todo o Brasil.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a maior quantidade está concentrada no Rio Grande do Sul, onde 776,8 mil solicitantes não retiraram as carteiras. Em segundo lugar, vem o Paraná, com 660,8 mil documentos, e Minas Gerais, com 625,2 mil. Na sequência aparecem Rio de Janeiro, com 381,1 mil; Goiás, com 327,1 mil; Ceará, com 305,8 mil; e Maranhão, com 259,6 mil. As informações são do Portal Brasil.
“A carteira não é apenas o registro da história de trabalho do cidadão, é sua memória de trabalho e de vida”, afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. “O documento reúne, em suas anotações, relatos de trajetórias individuais que ajudam a contar a história do país”, diz o ministro.
A principal razão da não retirada das carteiras na rede de atendimento é a pressa, como explica o coordenador de Identificação e Registro Profissional do Ministério do Trabalho, Francisco Gomes. Ele conta que, antes da informatização, a carteira era emitida manualmente e o prazo de entrega podia chegar a 15 dias, limite estabelecido por lei.
“Muita gente precisava do documento no mesmo dia e recorria a outro posto de atendimento para tentar a emissão mais rápida, às vezes em outra cidade. Com isso, o primeiro pedido gerava a emissão de um documento fadado a não ser retirado”, esclarece. As carteiras não retiradas ficam sob a guarda do Ministério do Trabalho. Apenas aqueles documentos que, por terem sido danificados, perderam a validade, são incinerados.
Informatização
A Carteira Profissional foi instituída em 1932 e passou à atual nomenclatura em 1969. A informatização da emissão do documento avançou a partir de 2007 e, nos últimos dez anos, 26 estados foram sendo gradativamente informatizados.
Até meados de 2017, com a completa informatização de São Paulo, o país inteiro estará coberto pelo sistema, que diminuirá carteiras abandonadas. A entrega é imediata e os postos estarão conectados em rede, informando uns aos outros quando já existir um pedido de emissão feito pelo mesmo cidadão. O custo de produção também será menor.