Intenção de consumo das famílias aumentou com isolamento social, diz Fecomércio
Intenção de consumo das famílias aumentou com isolamento social, diz Fecomércio
Por Assessoria | Edição do dia 20 de abril de 2020
Categoria: Economia, Notícias
| Tags: consumo,Fecomércio,isolamento social,mercado,pesquisa
A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) realizada em Maceió pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, mesmo em meio à pandemia do Covid-19 (coronavírus), houve ligeira alta de 0,8% na variação mensal do consumo, em Maceió.
Avaliando os dados do levantamento, o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha atribui, em parte, a ligeira elevação do consumo em tempos de pandemia ao aumento de 4,8% na confiança dos trabalhadores quanto à manutenção do Emprego Atual. “Podemos entender que o aumento da confiança recai sobre a aprovação da MP 936, que permite a preservação do emprego e renda dos trabalhadores, por meio da redução da jornada e dos salários, mas com complementação da renda assegurada pelo governo federal. Isso deu maior confiança aos empregado em tempos de quarentena e isolamento social”, explica.
Ainda de acordo com a pesquisa, também aumentou a sensação de melhora em termos de perspectiva profissional (0,8%), demonstrando que as pessoas acreditam que, pós-pandemia, a recuperação da atividade econômica será rápida, permitindo aumento de salários e promoções.
Apesar de os maceioenses elevaram a intenção de consumo e se sentirem mais seguros no emprego, o consumo a prazo teve queda de 0,4%. Porém, o sub indicador de nível atual de consumo, comparado com o mesmo mês do ano passado, está 0,6% acima. “Essa sensação se deve ao isolamento social, pois ao irem aos mercados e comprarem com o intuito de estocar um volume maior de alimentos e produtos em casa, a impressão de estarem consumindo mais aumenta”, observa Felippe.
Na avaliação do economista, a perspectiva de consumo deve cair 5% nos próximos meses como consequência da redução de renda e do valor do auxílio emergencial, que ajudará, mas não atenderá a todas as necessidades de boa parte das famílias.